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Nove ruba’iyat de Umar-I Khayyam (Omar Khayyam)

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Por Pedro Belo Clara Omar Khayyam. Ilustração: Adelaide Hanscom/ Wikipedia.     I.   Coração ao alto! Passemos pelas cordas de harpa com as mãos (!) Deixemos cair o bom nome bebendo vinho (!) O tapete de orações vendemos por uma taça de vinho (!) Quebremos o frasco da vergonha e da honra (!)     II.   Bebe vinho, somente ele dissipa aflições, Deixando perturbada a alma do inimigo. De que serve estar sóbrio? A sobriedade é fonte de pensamentos vãos, Tudo neste mundo passa sem deixar rastro.     III.   Somos marionetas conduzidas pelo céu, Não duvides da verdade desta estrofe. Brincamos até nos permitir o céu, Depois ficamos arrumados na caixinha.     IV.   Quando deitamos o último suspiro, Colocarão tijolos na campa das nossas cinzas. Das nossas cinzas moldarão tijolos Para cobrir as campas daqueles que virão depois.     V.   De onde viemos? Para onde nos dirigimos? Qual é a razão de ser? Para nós a vida é ininteligível. Oh, tantas almas imaculadas se transformaram em cinza e pó sob a