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O enigma Simenon permanece vivo

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Por Juan Carlos Galindo Georges Simenon. Foto: David Montgomery. Ficou conhecido como o homem das dez mil mulheres e dos quatrocentos livros. O primeiro epíteto pode ser algo exagerado; o segundo, não é. Personagem de biografia impossível, Georges Simenon (Liège, 1903 – Lausana, 1989) deixou para trás uma obra descomunal, um legado literário do qual o comissário Jules Maigret é apenas uma parte e cujo olhar continua oferecendo chaves sobre o ser humano de hoje. Pela passagem dos 90 anos da primeira aparição de Maigret em La Maison de l’inquiétude , criadores e editores recordam no festival Quais du Polar de Lyon a figura que para o Nobel e amigo íntimo seu André Gide era “o romancista maior e mais autêntico”. “É mesmo um dos poucos se não o único autor de literatura policial reconhecido como grande autor literário. Com grafomania, escrevia a todo tempo – não só as histórias de Maigret mas também os chamados romances duros, que são magníficos – era uma espécie de ano