Elena, de Petra Costa
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg96FCyJijVJlHXNm2Q0Jyz9l2IrXXmzyvob7dX2LlA80_UhU4Ebq4Xu-ap8x36DwvEjwgcqclLrng7EAPhQbCCd12QCuP_w0lRYxXjECMPZ0MkKWT34dPMaJSgvJ_pRsA5eGq-4uf0lTw/s1600/ELENA-filme.jpg)
Por Pedro Fernandes Primeiro que tudo é necessário dizer que este é um filme construído no limiar – entre o ficcional e o documental, entre a prosa e a poesia. Para dizer a verdade, essas linhas são integralmente desfeitas. O tom subjetivo é mais forte que tudo e destrói qualquer possibilidade da objetividade buscada seja pela ficção, seja pelo documentário. Tudo, talvez, finde em poesia e seja este uma poesia filmada. Um alerta, entretanto, deve ser feito logo à entrada destas notas: não é um filme recomendado para insensíveis, também não é um filme para os muito sensíveis. Há que está, sobretudo, de bem com a vida para encará-lo ou sabe-se lá o que depois pode se passar com sua consciência já turva sobre a vida. É um filme, então, para não desavisados. A cineasta Petra Costa perscruta entre vozes diversas, entre fotografias, vídeos, cassetes, diários, breves lembranças e laudos um retrato da irmã, uma jovem com 20 anos de idade, inclinada para o teatro e as artes da