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Mostrando postagens de dezembro 15, 2015

Miller, Ibsen e o teatro da consciência

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Por Ignacio García May Em 1950, quando Arthur Miller começava a converter-se no dramaturgo de prestígio que mais tarde seria, estreou no Broadhust Theatre de Nova York uma adaptação de Um inimigo do povo , de Henrik Ibsen, com o grande Fredric March como protagonista. É este um dado relevante, porque se algum teatro parece haver exercido influência no autor estadunidense é precisamente o do norueguês. Sem dúvidas que há diferenças claras entre ambos: Ibsen, apesar de sua aparência de funcionário espalhafatoso era um poeta com uma veia selvagem, enquanto Miller respondia pelo arquétipo do intelectual judeu nova-iorquino, muito mais cerebral que apaixonado. No texto original, Stockmann, super-homem nietzschiano, clama: “A maioria está sempre equivocada!”, enquanto na versão de Miller a frase é: “A maioria nunca tem razão até que faça coisas boas!” Marcos Ordoñez chamou Miller uma vez de Miss Consciência Social 1940, o que fato é sua tendência ao permite que o conselho sup