Selvagem, de Camille Vidal-Naquet
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuTu9rZG6-hjRCj_-pZ5iurPwcUprkjGSIl9OLh3tP-h5muTrYk-Q22omEoANbpn45Cr1PtcMKjvLg8t7RhafU8Lx3gkSuPKkgh3N8lmG2GQivqaPF4-sHybHwZuMZNDYbjwbZkR4N8Fw/s1600/Felix-Maritaud-OC-Movie-Reviews.jpg)
Por Pedro Fernandes O primeiro filme de Camille Vidal-Naquet é uma releitura sobre a liberdade. E a situação escolhida para a afirmação sobre o que chamaríamos de sua tese – isso porque o espectador não demora a visualizar uma ideia central e o desenvolvimento de múltiplas situações no seu entorno no intuito de refutar e corroborar com o que se quer defender –, compõe praticamente um ensaio sobre o indivíduo. O trabalho do diretor francês nada tem de pioneiro, mas se apresenta tão profundamente impregnado das marcas que conduziram o pensamento e a criação de seu país que não deixa de chamar atenção pela maneira como reaviva alguns dos seus lugares mais interessantes. A principal questão é a constatação sobre a liberdade como uma utopia cujas fronteiras uma vez ultrapassadas não oferecem quaisquer oportunidades de sobrevivência ao sujeito. Isto é, o que à primeira vista parece coincidir com certo fatalismo proposital do homem (e não podemos deixar de lado tal hipó