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Mostrando postagens de junho 22, 2010

Um caderno para Saramago: página um ou a capa

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Por Pedro Fernandes José Saramago durante leitura de As intermitências da morte , Feira Internacional do Livro, Teatro Diana, Guadalajara, México, novembro de 2006. Foto: Iván García. Que quem se cala quando me calei não poderá morrer sem dizer tudo (José Saramago, Os poemas possíveis ) O meu contato com a obra de José Saramago vem ainda quando da Graduação em Letras, meados do quinto para sexto semestre, em finais de 2006. Na época estava passando por um período de transição para os estudos com o texto literário; foi quando encontrei na biblioteca da faculdade  O evangelho segundo Jesus Cristo , primeiro romance do escritor que tive a oportunidade de ler. Logo, minha atenção se voltou para um aspecto quase que unânime e corriqueiro aos que se deparam a primeira vez com a obra mais conhecida do autor: o estilo típico de narrar, que preserva o fôlego da oralidade no trajeto de escrita, fazendo do texto literário “exercício muscular” (usando termos do escritor na ent