Camila e o sagrado profano da literatura
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Por Rafael Kafka Assim como os romances de Clarice Lispector, Nome Próprio , filme de Murilo Salles, debruça-se em uma narrativa que discorre sobre a linguagem literária e suas implicâncias ontológicas. O próprio modo como a história é narrada, começando em uma cena de briga repentinamente mostrada, remete à autora de Paixão Segundo GH . Assim como as heroínas lispectorianas, Camila, a protagonista desse belo filme nacional, debruça-se sobre o escrever de corpo e alma, entregando-se à escrita enquanto reflete sobre o seu fazer poético e na busca por si mesma que se mostra em cada ato de escrita. Blogueira e aspirante à escritora de um livro, Camila escreve sobre suas experiências, em especial as amorosas e sexuais, procurando a cada momento entender-se enquanto ser. Nada se sabe sobre seu passado histórico, mas podemos perceber que a personagem é cheia de conflitos amorosos causados por uma impetuosa e imprudente, o que a leva a transar na praia após um quase afogamento