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As mulheres que habitam a Maga, de O jogo da amarelinha

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Por Nancy Paola Moreno Ilustração: Katy Horan Lucía, ou melhor, Maga, se nega a aceitar o aceitável. É a revelação da desordem a causa do fracasso das leis em sua vida. Desse caos constrói uma ordem misteriosa, inacessível e talvez mágica. É a negação daquelas lições aprendidas e replicadas pela maioria das meninas no mundo: deves ser virtuosa e serás uma grande mãe e esposa. Não era ensinar. Doutrinaram, as meninas cresceram e sofrem por causa dessa sentença imposta. A Maga é o retrato de uma soma de imperfeições que pode ser luz. Adora a cor amarela e os cigarros Gitanes. Não quis acreditar naquela invenção humana da perfeição. Seu mistério a converteu numa mulher vital e complexa. Numa eterna pergunta que jamais se extingue. Sofre irremediavelmente ao retornar para suas recordações, mas é capaz de nadar extensos rios metafísicos que nenhum homem compreenderia. Nunca entende o que é ser mãe. Mas, sem nenhuma dúvida, a carta que escreve ao seu filho