Cadernos de delicada loucura (Parte 2)
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhFEXhNQDvXzHeirTcrkNwKMKNHCHiWrAlRmcy7-d80AgvRfLBNbcFEX4RH8Vn52bGHiEfVxnxXBLj4DqIRmlTFOKEQ2BYMZ6H-IyyyVvcOE8Ewd6tt5ILAR_ZavPs97DxLQ-wLIicfeNJiH5BB0M_xZC9ZvxB0goUejnG2OVsA51XGae5PGUBm4M/s16000/heroIMG_7443.jpg)
Por Antonio Yelo 5 Susan Sontag tinha dezessete anos quando se casou com Philip Rieff, seu professor de sociologia na universidade. Rieff era onze anos mais velho que ela. No dia 3 de janeiro de 1951, a escritora anotou no seu diário: “Casei com Philip com plena consciência + medo da minha própria vontade apontada para a autodestrutividade.” A 4 de setembro de 1956 reflete em outro de seus cadernos: “Quem inventou o casamento foi um torturador astuto. É uma instituição destinada a embota os sentimentos. Toda a questão do casamento se resume na repetição. O melhor que ele almeja é a criação de dependências fortes e mútuas. Brigas acabam perdendo todo o sentido, a menos que a pessoa esteja sempre pronta a agir sobre elas — ou seja, terminar o casamento. Assim, depois do primeiro ano, a pessoa para de ‘perdoar’ depois das brigas — apenas recai num silêncio irritado, que passa a um silêncio comum, e depois continua outra vez.” A união dos dois durou apenas oito anos. O escrit