Cascatas de uma torrente rememorada: reflexos de (in) lucidez em A Paixão Segundo Constança H.
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU8lzriCDWDROty_cLQb1H8-b1fq0hq06-kghOzFo-LpNDowZ2y2h3X7KuDCTP8vR0eUyrUD5Gp2vzaeQf6CYwzKZEzMGTF6UHcSIb_zEzW4DhkaiD6OVOaK5tlfMQi_GccgXxdCFi1wQ/s1600/maria-teresa-horta2.jpg)
Por Antonio Bezerra de Mesquita e Verônica Martins da Silva Maria Teresa Horta. Foto: António Pedro Ferreira “Mas é como se, na imagem antes reflectida do meu corpo nesse espelho que perdi, eu recuperasse a minha imagem entretanto igualmente perdida”. Maria Teresa Horta. Manuel Bandeira certa vez disse que almejava o lirismo dos loucos¹, projetando este como uma das forças motrizes ao seu exercício poético, isso em circunstâncias de mais um dos seus arroubos metalinguísticos já consuetos em sua obra. É das palavras desse poeta que extraímos uma reflexão primeira para a feitura deste ensaio, que é a robustez semântica que o símbolo da loucura exerce à Literatura, sendo evocada, amiúde, em obras de diversos autores e em diferentes momentos da história. Esperamos que esteja recente à mente de todos o caso de um Machado de Assis, conjurando a imagem da insanidade personificada à figura do Dr. Simão Bacamarte no conto O alienista (1882), encarcerando quase a