O universo de Bruno Schulz
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicywDP_b2jEh2ylGNZmkS1bEjKF7n8VjUId8pKboxm2754BDvuhv28T7FxIl57eUMC5bXeC8DVyexg3IoQQG_xLrzp_RjqFqsd87_M8dFkzGR96QXzkFL6vKZ5DsIR7FE9kZWBLlocJhUClQZPWf5ja8gBXC8UfpbqjAi-Rlv43oED3QP8X0DgwRE/s16000/bruno%20schulz.jpg)
Por Sergio Pitol Bruno Schulz, Autorretrato , 1920. Arquivo: Museu Nacional da Cracóvia. No panorama da literatura polonesa de vanguarda, que decorreu no período entre as duas grandes guerras, destacam-se três figuras insólitas, totalmente diferentes entre si, cuja obra começa a ser devidamente apreciada apenas nos últimos anos. São eles: Stanisław Ignacy Witkiewicz, Witold Gombrowicz e Bruno Schulz. A obra desses três “excêntricos”, repleta de aparentes jogos, paródias, caricaturas, exageros levados à última instância, oferece-nos a mais rica fonte de ideias de todo aquele período. Antecipando-se em um quarto de século à literatura francesa, inglesa e norte-americana do absurdo, eles nos oferecem um antegozo do trágico absurdo em que o homem real se veria submerso alguns anos depois. O terror diante de um mundo que vai transformar o homem em coisa e, como coisa, em algo incapaz de sentimentos, alheio às ideias, radicalmente negado ao fantástico e à poesia e ao intelectual — no melho