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O universo de Bruno Schulz

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Por Sergio Pitol Bruno Schulz, Autorretrato , 1920. Arquivo: Museu Nacional da Cracóvia.   No panorama da literatura polonesa de vanguarda, que decorreu no período entre as duas grandes guerras, destacam-se três figuras insólitas, totalmente diferentes entre si, cuja obra começa a ser devidamente apreciada apenas nos últimos anos. São eles: Stanisław Ignacy Witkiewicz, Witold Gombrowicz e Bruno Schulz. A obra desses três “excêntricos”, repleta de aparentes jogos, paródias, caricaturas, exageros levados à última instância, oferece-nos a mais rica fonte de ideias de todo aquele período. Antecipando-se em um quarto de século à literatura francesa, inglesa e norte-americana do absurdo, eles nos oferecem um antegozo do trágico absurdo em que o homem real se veria submerso alguns anos depois. O terror diante de um mundo que vai transformar o homem em coisa e, como coisa, em algo incapaz de sentimentos, alheio às ideias, radicalmente negado ao fantástico e à poesia e ao intelectual — no melho