Para Michel Houellebecq a humanidade está condenada
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Por Mercedes Estramil Michel Houellebecq. Foto: Barbara d’Alessandri No 2019 pré-pandêmico, Michel Houellebecq recebeu a Legião de Honra de um presidente que não admira, Emmanuel Macron. Este último, que também não o admira, o descreveu como um “romântico perdido em um mundo materialista”. É uma definição curiosa para esse francês anti-sistema, islamofóbico (misantrópico se ampliarmos o zoom), que lança bombas linguísticas contra toda ortodoxia de pensamento correto. Sua defesa a Donald Trump no artigo “Trump é um bom presidente” é bem conhecida, embora envolta em fina ironia; seus ataques à União Europeia; e sua preferência pelo presidencialismo vitalício e pela democracia direta, eliminando o sistema parlamentarista. Sua amizade com o ex-presidente Sarkozy e com o escritor Frédéric Beigbeder, suas coincidências com Julian Assange, ou a amizade que o uniu a uma das vítimas dos ataques de 2015 contra o semanário Charlie Hebdo também é bem conhecida. Para a literatura, nada disso...