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Mostrando postagens de dezembro 18, 2019

Louis-Ferdinand Céline e outros infortúnios nacionais

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Por Rebeca García Nieto “Devemos, podemos celebrar Céline?” Com essas palavras começava o texto que o crítico literário Henri Godard escreveu a pedido do Ministério da Cultura francês para prestar homenagem ao escritor no quinquagésimo aniversário de sua morte. O texto em questão não foi publicado; portanto, quando nem sequer foi levantada, a pergunta foi respondida por conta própria. O escritor foi removido da lista de homenageados oficiais. A razão? “Céline é um excelente escritor, mas também um perfeito bastardo.” A frase foi dita pelo então prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, dando o assunto por encerrado. Para Vargas Llosa, a decisão não pareceu correta, mas não devemos esquecer que não se tratava de conceder a ele um prêmio literário (nisso os franceses foram bastante tacanhos com Céline, nem sequer lhe deram o Goncourt em 1932 quando Viagem ao fim da noite estava na lista), mas de uma homenagem oficial, isto é, política. Há alguns meses, o escritor volto