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Mostrando postagens de fevereiro 14, 2018

Corpo elétrico, de Marcelo Caetano

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Por Pedro Fernandes Uma narrativa que a um só tempo trate do Brasil e seja universal. A lista de obras cinematográficas que conseguem esta façanha é um bocado extensa, embora possamos perceber pelos filmes capazes de chegar aos circuitos maiores que essa possibilidade se apresente toldada por uma influência castradora e problemática para a criação brasileira, a importação dos modelos vazios e bestiais do cinema folhetim estadunidense. Pelos elementos recorrentes na cena, Corpo elétrico assume ainda outra frente nas produções brasileiras, a dos filmes que abordam o universo operário, vertente marcada por títulos como Os libertários , documentário de Lauro Escorel ou Chapeleiros , de Adrian Cooper. Esses dois filmes, importantes para o contexto de sua produção e agora para a história do cinema no país, adquirem dois papéis fundamentais na filmografia sobre o trabalhador e o trabalho: aquele constrói um retrato acerca dos movimentos de defesa dos direitos trabalhistas e