As últimas testemunhas, de Svetlana Aleksiévitch
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Por Pedro Fernandes O principal da obra de Svetlana Aleksiévitch é trabalho de reconstrução pelo lado de dentro dos grandes horrores da história recente da humanidade. Se considerarmos essa afirmação, logo entenderemos a necessidade de universalização de sua obra com a recepção do Prêmio Nobel de Literatura em 2015. É possível que sua literatura, como a de outros notáveis que receberam o maior galardão da cultura, logo caia no limbo. Mas, o gesto, impregnado do ideal realista, escola ou espírito que nunca morre, com o qual inaugurou outras formas de dizer é uma pequena linha dissidente, quase sempre crua, mas necessária de conhecê-la. São as testemunhas mais frágeis aos olhos da história oficial, aquelas que abaladas pela força do sentimento, são relegadas ao silêncio porque ao que dizem são suscetíveis à invenção, à inverdade, à ruptura com o registrado pelo documento. Não é do interesse da escritora russa a substituição da história; do que foi convencionado objetiva