Ernesto Sabato, algum testamento
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8PNWHle8_hJDN0H9-XXn5vkLxQyrNGAh2INKrNZNqtUS-AWrhH4JUg4FPiPDjfCpO5i-9h1zPnVf44VI2o0E0GOzrE8LVRcxa-sl4N9PzpIR2FJBCXbB5nxrKzb-7t2aF05Bx6RvZ0A/s640/Sabato3.jpg)
Há muitas faces que definem Ernesto Sabato. E duas delas são suficientes para ressaltar sua grandiosidade para a literatura: ser o autor de O túnel (1948), Sobre heróis e tumbas (1961) e Abadon, o exterminador (1974) e o homem atormentado e horrorizado que presidiu a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP) em seu país natal. Juan Cruz, ao lembrar sobre o escritor para o jornal El País , disse que “Ernesto Sabato era um homem triste; de tão triste parecia que essa era sua natureza; mais que seu corpo, seu olhar, suas palavras, mais que tudo isso, Sabato era fisicamente triste”. A tristeza estava no lugar de pouco à vontade no mundo. Aliás, como se pode ficar à vontade quando a humanidade é toda barbárie? Descendente de pai italiano e mãe albanesa, Sabato deixou ainda outras obras de grande importância para a literatura latino-americana; além de romancista, foi o autor que escreveu uma extensa e variada obra ensaística na qual tratou sobre seu traba