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Treze tankas de Ishikawa Takuboku¹, em “Brinquedos Tristes” (1912)

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Por Pedro Belo Clara (Seleção e versões)* I. este som no meu peito quando respiro — mais solitário que o vento do inverno     II. a filha tarda em regressar das suas brincadeiras pego no comboio em miniatura e faço-o correr     III. de repente, senti que teria de caminhar para sempre nestas ruas à meia-noite     IV. hoje, de novo, sake² — conheço cada vez melhor estas náuseas de beber     V. como um comboio passando por campos desolados esta agonia, de quando em vez, atravessando o coração     VI. de certo modo é como visitar o sepulcro do primeiro amor esta vida nos subúrbios     VII. creio na chegada duma nova manhã! — digo estas palavras com seriedade mas…     VIII. repreendendo várias vezes a minha debilidade e, miserável, perguntando-me porque sou assim fui pedir dinheiro emprestado     IX. nestes últimos quatro ou cinco anos nem por uma vez observei o céu pode um homem mudar assim tanto?     X. desperto, de repente, à meia-noite com vontade de chorar, sem saber porquê — puxo