A maleta verde
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Es3FcE-RdpXgNE1btAYupp92G0k8_s86wbQfNxHBkpqZf8UmRy3XMdbjRfII6mPFPQjTxT2hIHk23-dytDlMmZEf2Wc8jj7NU7WCk14oocbKrAoF5cr9bk991ipYnTZSoCmXpY2uekZ-vud_T7jtskxxbxKvXfra3o1Htmg9eYdIy5_Ch-k6uo8/s16000/HH.png)
Por Rafael Ruiz Pleguezuelos Ernest Hemingway com Hadley Richardson Foto: Ernest Hemingway Collection 1922 foi um ano estranho para Ernest Hemingway, embora conhecendo a biografia do escritor estadunidense, esse adjetivo poderia ser usado praticamente para todos os períodos de sua vida. Na época ele tinha vinte e dois anos e vivia em Paris uma aventura irregular de aprendizagem literária na companhia de sua primeira companheira, Elizabeth Hadley Richardson, a protagonista acidental desta história. Em setembro daquele ano, o futuro gênio da frase curta e da sintaxe simples foi enviado a Constantinopla para cobrir a guerra entre os gregos e os turcos. O que mais incomodava Hemingway em seu trabalho, como todos os verdadeiros escritores, era ser contratado pelo Toronto Star para escrever sobre qualquer coisa. O mesmo acontecia com a inflação, a produção de chocolate suíço ou os costumes dos parisienses, e era hora da guerra. Hadley fez o possível para impedir que Hemingway aceitasse e