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Mostrando postagens de setembro 22, 2016

Cobra Norato, uma passagem para o imaginário popular brasileiro

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Desde sua primeira edição, em 1931, que o poema Cobra Norato , de Raul Bopp é lido como uma das melhores expressões da literatura brasileira modernista. Entretanto, é preciso que o leitor saiba que essa compreensão está para o nível do tema e não da forma poética. Embora o poeta tenha se aproveitado antropofagicamente de várias versões de uma lenda oral indígena e feito uso do verso livre, sua ideia, diferentemente de outros textos desse período, não se constrói por expressões c omo a metapoesia, a paródia, o poema-piada ou o uso da linguagem oral.  Mesmo assim, não pela épo c a em que foi publi c ado – pós-semana de 1922 e quando o seu autor já havia se tornado um dos importantes divulgadores do Modernismo, à frente da Revista de Antropofagia – mas por in c orporar-se nesse período de altos c ontrastes, naquela linha definida por tantos críticos, a de lamento pela perda da tradição ou apagamento da tradição, c ausada em parte, diga-se, pelo próprio vento do espírito moderni