Por Saramago, Anabela Mota Ribeiro
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Por Pedro Fernandes A obra de José Saramago, como toda grande literatura, não se enquadra confortavelmente nos conceitos estabelecidos pelas teorias a justificarem o fenômeno da criação. Assim é que, a literatura saramaguiana se constitui paradigma 1 . Os indícios disso não estão demonstrados apenas pelas inovações com a forma romanesca situada nas linhas limites com a variedade de expressões da prosa de intelecção – o ensaio de reflexão filosófica, a crônica histórica, o relato de viagem etc. – e na reaproximação com o modelo original do romance pelos estreitamentos entre o erudito e o popular. Esses indícios estão em algumas provocações oferecidas por um escritor que ensaiou algumas proposições teóricas, como a leitura acerca das implicações entre autor e o narrador; enquanto a Teoria da Literatura designa-os enquanto instâncias de enunciação distintas, uma da obra e a outra da narrativa, para o escritor português essas distinções são, em alguns casos, no seu especifica