Walter Scott, um certo afeto
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Por Álvaro Cortina Ao contemplar a história, os homens buscaram conceitos para forjar teorias e fatos para armar relatos verdadeiros. Por sua vez, artistas e poetas tentaram extrair o elemento emocional dessas histórias. É comum, e talvez inevitável, admiração ou desprezo por um governante específico, a devoção a um santo ou herói, a veneração ou rejeição de uma civilização passada: os artistas e poetas sempre trabalharam sobre os materiais do passado mais eminente para estimular estes e outros afetos. Pois bem, os manuais nos dizem que a poética da história muda, de alguma forma, no início do século XIX, quando irrompe o romance histórico. Não se havia olhado para o passado antes? Bem, já não parece tão necessário um passado eminente. Roma ou Atenas servem tanto quanto qualquer outro lugar. Segundo esta nova afeição romântica, o principal é o passado, o que se aprofundou infinitamente como uma grande noite. No romance histórico, tudo está subordinado ao exotismo de viver em uma ép