Crime e castigo: relato psicológico de um crime
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb5xlU-PBkoR3oc4DIzWZem4jZnQkaWZPB2GKg4KysXmHUs_GFrvT3Orqn__v-o1fl9byFhJP5EHr2RQYRvx49MRGrXKUyr6BxhpraN5JKMH4DzONrgPgkYl3Z2zP_6xX8AkyZMolk0g/s640/F-Dostoievski.png)
Por Carlos Spinosa Dominguéz Dostoiévski é o único que me ensinou algo em psicologia. Nietzsche “Como sempre, a velha estava de cabeça nua. Os seus escassos cabelos brancos, disseminados e distantes, gordurosos e oleosos, também estavam, como sempre, entrançados em forma de rabo de rato e presos por um dente de pente, formando carrapito sobre a nuca. Deu-lhe o golpe precisamente na saliência do crânio, para o que contribuiu a baixa estatura da vítima. Continuava ainda segurando o objeto de penhor numa das mãos. A seguir feriu-a pela segunda e pela terceira vez, sempre na saliência do crânio. O sangue brotou como de um copo entornado, e o corpo tombou para a frente, sobre o chão. Ele se deitou para trás para facilitar a queda e inclinou-se sobre o rosto da velha: estava morta. As pupilas dos olhos, dilatadas, pareciam querer saltar-lhes das órbitas; a fronte e o rosto contorciam-se nas convulsões da agonia. Deixou a machada no chão, ao lado da morta, e começou