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Mostrando postagens de março, 2018

Boletim Letras 360º #264

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No último dia 30 realizamos no Instagram @Letrasinverso o sorteio de um exemplar de Uma forma de saudade , de Carlos Drummond de Andrade. O ganhador é o 233º leitor que recebe do Letras um livro numa de nossas promoções. A próxima oportunidade já está gestada: como informamos no nosso Twitter @Letrasinverso, será através do Projeto @LeiaPoesiaBr, administrado pela Revista 7faces e em parceria conosco. Desta vez, o sorteio será de um exemplar de O  caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade , edição fac-similar preparada pela editora-parceira Companhia das Letras. Interessados em participar basta se integrar à rede do projeto no Twitter. Enquanto isso vamos ler as notícias que passaram durante esta semana pelo mural da nossa página no Facebook?  Segunda-feira, 26/03 >>> Estados Unidos: Nova adaptação de Fahrenheit 451  será exibida em maio A notícia é da HBO, produtora da nova versão dirigida por Ramin Bahrani: a adaptação do clássico romance distópico de

Cinema de autor e despertar da consciência

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Por Rafael Kafka Nostalgia , de Andrei Tarkovsky, 1983. Andrey Tarkovsky escreveu um livro no qual fala que a matéria-prima do cinema é o tempo. Um dos maiores diretores de todos os tempos foge ao senso comum e não afirma serem as imagens o que essencializa o cinema, mas sim o modo como o tempo é esculpido pelos diretores em cada produto cinematográfico. Por mais absurda que soe essa afirmação que subjaz à escrita de todo  o excelente Esculpindo o tempo ela faz mais sentido do que imaginamos, afinal de contas o ser é tempo. Há algum tempo, essa noção da temporalidade como elemento primordial dentro da obra narrativa em si já me chama a atenção, em especial nas obras que justamente buscam romper com a narrativa mais linear da literatura tida como clássica. A visão de Tarkovsky é ampliada pela noção de ser o diretor a figura central do processo de produção que é o cinema. Tal arte deve ser sempre lembrada como produto das eras mais tardias do capitalismo e por isso pos

Até que as pedras se tornem mais leves que a água, de António Lobo Antunes

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Por Pedro Fernandes Há um tema que fez António Lobo Antunes reconhecido dentro e fora de seu país: a denúncia da empreitada fratricida da guerra colonial na África. Os livros de estreia publicados quatro anos depois da Revolução dos Cravos, Memória de elefante , Os cus de Judas e Conhecimento do inferno , se desenvolvem em torno da mesma condição do trauma e do horror da empreitada megalomaníaca do estado ditatorial português na manutenção de seus domínios em colônias no continente africano no que só significaria o emprego vazio de força humana e de recursos financeiros cujas sequelas até hoje são visíveis em Portugal. O tema da guerra colonial nunca deixou de servir ao escritor e como um regatinho se infiltra mesmo naqueles romances cujo interesse é a apresentação de outro drama caro à sua literatura: o do homem no tempo dos paradoxos terminais. Este tema, aliás, assenta perfeitamente à condição portuguesa pós-colonial, visivelmente marcada por uma ressaca moral, p

The Post, de Steven Spielberg

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Por Pedro Fernandes Há diretores tão populares, sobretudo porque construíram obras de grande significação para o cinema que não só dispensam apresentação como se tornam uma marca capaz de influenciar a decisão do espectador em escolher ver um filme mesmo às cegas. Esquecemos sempre que todo projeto criativo independe da genialidade do seu autor, logo, não podemos cobrar a eterna condição de perfeição que algum momento terá se revelado com todo fulgor. Um desses diretores é Steven Spielberg e uma de suas obras questionáveis é The Post . Voltamos à ideia-falsa da história estadunidense como protagonista sobre qualquer nação. A revelação pela imprensa da farsa criada pelo governo para manter a Guerra no Vietnã é elevada aqui à condição pedagógica de que uma imprensa livre é mesmo a parte fundamental de um sistema democrático ou ainda que a liberdade de expressão é o mais caro dos bens. Não há nada de errado nessa constatação, entretanto, é preciso esclarecer que não fora

Cinco livros essenciais para conhecer a obra de Vladimir Nabokov

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Recentemente editamos um texto que cobrava uma mudança de foco sobre a leitura de Lolita , historicamente poupado pela grande crítica daquilo que livro expõe, por essa nova visão, como atentado de um homem (aqui de idade madura) sobre uma adolescente. Este debate, apesar de não ser novo, ganha outros contornos pela intensa discussão que se forma nos últimos anos em torno das questões ligadas ao tratamento lastimável de homens sobre mulheres. E, há alguns meses a Alfaguara Brasil publicou por aqui a primeira tradução para outro conceituado romance de Vladimir Nabokov, O dom . O valor desse livro é justificado em várias frentes. É um dos primeiros romances de fôlego do escritor e foi escrito ainda por um jovem rapaz exilado na Alemanha depois das transformações profundas que se passavam no seu país natal. Neste livro o leitor encontra a gênese de um rico projeto literário que não finda em Lolita – obra que, para o bem ou mal o sagrou reconhecido mundialmente – e ainda todas

Da rebelia adâmica, o fruto: "Paraíso perdido" em tradução

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Por Guilherme Mazzafera Satan Watching the Caresses of Adam and Eve . William Blake para Paraíso perdido , de John Milton, 1808.  Museu de Belas Artes, Boston. Das lacunas referentes à tradução de clássicos no Brasil, uma das mais gritantes é a ausência de Paradise Lost , obra-prima do poeta inglês John Milton (1608-1674). Publicada originalmente em 1667 e composta por 10.565 versos divididos em doze cantos a partir de sua segunda edição (1674), a epopeia miltoniana sobre a astúcia de Satã e a expulsão de Adão e Eva do paraíso figura de modo inequívoco entre os grandes textos da literatura ocidental. Os leitores brasileiros, em sua maioria, conhecem este belo poema por meio da facilmente encontrável tradução portuguesa do Dr. Antônio José Lima Leitão, e, mais recentemente, tiveram acesso à continuação da obra graças à empreitada coletiva coordenada por Guilherme Gontijo Flores, cujo esforço resultou na publicação de Paraíso reconquistado (Editora de cultura, 2014).

Boletim Letras 360º #263

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Até o dia 30 de março os leitores que acompanham o Letras no Instagram poderão participar do sorteio de um exemplar do livro Uma forma de saudade , páginas de diário do Carlos Drummond de Andrade. E, nesta sexta-feira, 23, chegou o nosso terceiro colunista do ano, Wagner Silva Gomes. Só novidades, assim, excelentes! Ah, e nossa página no Facebook atingiu novo recorde de amigos: 71 mil! E, por falar nesta rede social, olha o que circulou de notícia por lá nesta semana. Ted Hughes. Desenho de Sylvia Plath,que estava entre as peças de um leilão que sagrou a escritora como a nova queridinha  dos fetichistas. Segunda-feira, 19/03 >>> Estados Unidos: Uma das maiores coleções privadas de obras do escritor irlandês James Joyce doada à Morgan Library São cerca de 350 peças, entre as quais se encontram um exemplar do primeiro livro publicado por James Joyce, The holy office , um poema satírico de 1904, do qual se acredita haver menos de 100 cópias. Também há um