A senhorita mascarada
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Por Gabriel Carra Cena de Senhorita Júlia . Arquivo Companhia Bípede de Teatro Rupestre, 2024. Hoje em dia não se trata mais, como fez certa vez Bertolt Brecht em “A função social do teatro”, de se indagar se o mundo atual pode ser reproduzido pelo teatro. Inúmeros são os expedientes técnicos disponíveis e o repertório de soluções, que inclui as próprias experiências brechtianas, é imenso, vasto. A pergunta que talvez realmente importe é como sustentar a verve crítica do teatro, isto é, o teatro como arte (pois é próprio de qualquer arte ser crítica do real), em uma época supercrítica , na qual a própria crítica social parece cansada e na iminência de desabar sobre o próprio peso. Em termos mais próprios às técnicas teatrais, poderíamos precisá-la da seguinte forma: como o teatro pode sustentar essa verve assinalada sem depender inteiramente dos repertórios brechtianos, beckettianos ou de experimentações de exposição do signo teatral de inspiração pirandelliana, formas absolutamen