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O primeiro roteiro escrito por Gabo

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Por David Marcial Pérez Cansado do jornalismo e com a esperança de conseguir melhor proveito de sua paixão pelo cinema, Gabriel García Márquez chegou ao México em 1961. Carlos Fuentes estava há quatro anos casado com uma atriz, Rita Macedo, era íntimo de Luis Buñuel e já havia dado seus primeiros passos nessa seara escrevendo algum curta. Enquanto isso, Juan Rulfo, dez anos à frente e com suas duas grandes obras publicadas, era o mais envolvido com o meio da época: havia filmado com María Félix e escrito roteiros para Indio Fernández. Tomados por uma espécie de febre do ouro, a flutuante indústria cinematográfica mexicana não apenas atraiu aos três gigantes da literatura, como os colocou para trabalhar juntos. Tudo se forjou no “castelo do Drácula”, como chamava Gabriel García Márquez a sede da produtora de Manuel Barbachano. Aí, nas tertúlias do escuro casarão da capital e da mão de seu compatriota colombiano Álvaro Mutis, o recém-chegado entrou em contato com exilad