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O macaco e a essência, de Aldous Huxley

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Por Pedro Fernandes Diferentemente do livro de Pierre Boulle, em que os macacos descobrem a selvageria do homem e inicia uma revolução que os obrigará a repensar sua condição, não há neste livro de Aldous Huxley nenhum macaco revolucionário. O título da obra, aliás, não chega a ser um atributo próprio do seu autor; O macaco e a essência é o roteiro de um filme concebido por uma certa figura interessada pelas narrativas cinematográficas e abandonado por Hollywood entre toneladas de textos enviadas ao berçário do cinema estadunidense. A única notícia dada pela narrativa que abarca este datiloscrito encontrado casualmente pelo roteirista Bob Briggs, quando o caminhão de descartes deixa voar pela rua umas quantas brochuras das que serão incineradas, é que William Tallis está morto. Assim, o livro de Huxley se apresenta como uma transcrição do texto de William Tallis; a importância que o roteirista atribui a essa brochura, logo, se evidencia pela escolha do escritor inglê