O homem do país azul, de Manuel Alegre
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtmlPZnbo1d_gRjckoESZUWnxOv096q_VTGVQuVy9rOZaLoGCQ1zP_eL_QpOJEoOpVCx5qN9ch9Z7Q8o138fc7rk4TjgIQ-qJKKUVNGs01i0jLguqsishd4JTd7divpODVN3oksrvZYQ/s640/manuel-alefre.jpg)
Por Pedro Belo Clara Aqui temos, diante do olhar, uma obra que por grande parte da sua breve extensão revela vívidos testemunhos de uma época já extinta. Relatando-os com tamanho fervor e poesia, como só os profundamente humanos corações são capazes de o fazer, eleva-os em algumas situações quase ao estatuto de lendas, não estivesse praticamente a maioria das incidências que por estas páginas poderemos encontrar relacionada com um período específico da história portuguesa mais recente. Trata-se de um livro de contos, dez no total, lançado em 1989, que firmou o seu autor como um talentoso prosista. Tendo em conta o seu passado como poeta, e considerando o espaço temporal a que nos referimos, surgiu como a confirmação do talento de Manuel Alegre para outros voos literários que não aqueles que, com merecido louvor, já lhe eram conhecidos. Ademais, 1989 foi igualmente o ano de lançamento do seu romance Jornada de África , prova fulcral desta marcada mudança de género pratica