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O leitor Ricardo Piglia: 12 escritores estadunidenses sob a lupa escritor argentino

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Por Patricio Zunini A última grande intervenção de Ricardo Piglia sobre o campo cultural e, certamente, sobre sua própria obra, foi a publicação de seus diários. Escritos ao longo de seis décadas, são textos para serem lidos como um romance de formação; o título do primeiro volume, aliás, indiretamente reforça essa compreensão – é Anos de formação . Entre debates políticos, ideias de contos, visitas à Bombonera, amores fracassados e experiências marginais, Piglia aparece, constante e tenaz, como um homem empenhado em ser um escritor. Mas, como se faz para que alguém se torne escritor? Talvez a resposta possa ser buscado pelo seu avesso. Piglia compreendeu ainda muito jovem, graças a uma conversa com Jorge Luis Borges, que escrever muda o modo de ler. Um escritor, disse, “quer ver como estão feitos os textos, ver se pode fazer algo parecido ou, no melhor dos casos, algo diferente”. O escritor, então, é, primeiro, um grande leitor, apaixonado pelos livros e pela leitura.