Azul corvo, de Adriana Lisboa
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Por Pedro Fernandes Adriana Lisboa. Foto: O Globo (Reprodução) A obra romanesca de Adriana Lisboa transita numa escala que vai do registro subjetivo e intimista ao coletivo e exterior. Se desde Os fios da memória , passando Sinfonia em branco e Um beijo de colombina , a narrativa se tece a partir de circunstâncias muito particulares dos seus sujeitos e examina-as com o interesse de transpor suas inquietações, com Azul corvo , o interesse da escritora parece ser o de articular essa dimensão a outra mais ampla e fora do entorno individual. Claro, não é o caso de ignorar essas instâncias como alheias. Quando nos referimos o íntimo e o social, falamos especificamente do interesse focal da narrativa, mas sabemos que uma dimensão pode implicar a outra num contínuo jogo derivado do material simbólico e sua constância no objeto artístico. No romance publicado em 2014, a articulação entre os pontos na escala criativa da escritora carioca aparece visível nos fios que formam suas duas narr