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Mostrando postagens de fevereiro 2, 2016

Andorinha, andorinha, de Manuel Bandeira

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Por Pedro Fernandes Há escritores que sempre se revelam como uma surpresa constante para os leitores, sobretudo quando demonstram uma impressionante versatilidade na prática da escrita; isto é, quando um escritor não é bom apenas com um gênero ou tipo textual, ainda que se destaque com um e seja sempre, quando lembrado, lembrado por ele. Há uma variedade incrível desses nomes, ora porque usam da diversidade de textos para construir seus experimentos de linguagem até alcançar a forma que lhe parece adequada, ora porque, tomado pela necessidade da expressão escritural não hesitam sossegar numa única posição, ainda mais quando essa necessidade se encontra abalada pelo sopro da impossibilidade de realizar-se em sua plenitude. Na cena literária brasileira, o leitor pode citar facilmente nomes como o de Carlos Drummond de Andrade que, além de reconhecido pela crítica e pelo público como uma das melhores vozes da nossa poesia, também se dedicou e muito ao exercício da crônica.