Doze tanka de Wakayama Bokusui¹
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh83cJBDhS32qcoXPn0WHv4xMDcirQOR3K5M-OBLWxJkdHqyLabPLQ7qJLW7HX7iPJWIltQXevO-GdOm0Lb_FLUkqVJc9te0sLjHzJj7Lddk-JWj26YBepIjam78PrB1-eaYESH1NHf62lULhFwqFCdYbDrn-3VFVsu_OfYNKOSrvpWrfUd5iukHC4/s16000/Wakayama%20Bokusui.png)
Por Pedro Belo Clara (Seleção e versões) ² Wakayama Bokusui I. pergunto-me: quantas montanhas e rios terei ainda de atravessar até atingir o lugar onde a solidão enfim termina? a viagem recomeça II. encontrarei alguma paz de espírito respirando os ares do oceano assim pensei então, desejoso de mar, aqui cheguei — mas o que busco está ainda por descobrir III. um solitário pássaro branco permanece no alto sem se evolar no imenso azul do céu ou do mar e não deixo de me perguntar quão profunda será a sua tristeza IV. contra o vento marítimo pássaros flutuam em linha recta subitamente um deles desvia-se e os restantes seguem-lhe o destino V. as cerejeiras florescem sob a melancolia dos pálidos céus do começo de verão mas quão terríveis parecem ser desde que a morte cerrou os olhos do meu amigo 3 VI. a uma certa distância trovões rugem como deuses porém, a chuva não chega aqui debaixo das nuvens carmesins do poente continuo só, aquecendo sake 4