O novo cânone literário afro-americano
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY_Xo-2ygIXghcQx2ObPaMAXYg-seyg5TJZQ0oKGQ3RclrqBuTR2p8jWrSMTaroVF8Radoxq0fKFK8uY065UKso0Rmfyyk3gqC_F_NUVR_fnKSXLoHzbr6XCXtSnN2BsBY5ohi5EbSHgQ/s16000/SAAM-1969.47.24_3.jpg)
Por Josep Massot Jacob Lawrence. The Library . 1960. Ralph Ellison, o autor de Homem invisível , dizia, numa das cartas publicadas em dezembro pela Random House, que sonhava em confrontar sua literatura com a dos maiores escritores, “descobrir quem e o que eu sou, o que é a vida e o que é a arte”. Teria gostado de “escrever simplesmente como estadunidense ou, melhor ainda, como cidadão do mundo, mas isso é impossível agora porque estaria flutuando no ar das abstrações, enquanto o único fogo que ilumina essas abstrações nasce precisamente por ser negro e em toda a ‘experiência sentida’ que implica ser negro americano”. E se podia fazer em dez tons, por que fazê-lo em apenas cinco, defendeu-se com um símile musical diante de seu amigo Richard Wright ( Filho nativo ), fugindo do clichê do preto assumido pelo branco bem-pensante. Esse mesmo compromisso ético com a excelência literária e com a comunidade seria assumido por James Baldwin, Maya Angelou, Terry McMillan e Toni Morrison, entre