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Mostrando postagens de julho 11, 2016

Rosa dos ventos, de Manuel da Fonseca (Parte I)

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Por Pedro Belo Clara Foi já no distante ano de 1940 que a obra agora apresentada conheceu a sua primeira edição. E tudo graças aos esforços empreendidos por amigos íntimos do autor, dos quais se destacavam os proeminentes Alves Redol e Mário Dionísio, que em tal trabalho viram qualidade merecedora de publicação. Dentro do género, somente mais um título seria editado: Planície , em 1942. Curiosamente, seriam estes os primeiros livros de Manuel da Fonseca, que rapidamente se virou para o exercício da prosa (contos e romances, essencialmente). O próprio, aliás, por diversas ocasiões se julgara divorciado da prática do género, mas essa “demissão do poeta”, como referia habitualmente, tardou em acontecer. Talvez por isso o livro que reúne a sua obra poética tenha merecido diversas alterações ao longo dos anos em que o autor era ainda vivo. A versão que aqui apresentamos é, portanto, aquela que considerou “definitiva”, naturalmente distante em certos aspectos daqueles primei