Cinco poemas de W. B. Yeats
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXRI9dUpnsP8dmidsB5B22__qzg4DfYmjncRPPsoIyfE8F1qcoiqWFAcOKYBtOG-TTfgjJmo_zfEH7rVpgIVtX0EzK8qFXvcLsWXUR-_WSB7DEIrbk03Kr-isdI6FV_oDx1GYZ7ISeEaM/s16000/WBYeats.png)
Por Pedro Belo Clara (seleção, tradução e notas) William Butler Yeats. Foto: Howard Coster. AS AVES BRANCAS Desejava que fôssemos, amada, aves brancas na espuma do mar! Fatiga-nos a flama do meteoro, antes que se apague e possa escapar; E a chama da estrela do crepúsculo, anil, na baixa linha do céu a tremer, Despertou nos corações, amada, uma tristeza que talvez não possa morrer. Um cansaço nasce desses dois sonhadores orvalhados, o lírio e a rosa; Ah, com eles não sonhes, amada, com a chama do meteoro, fogosa, Ou a chama da estrela anil do crepúsculo, cintilando baixa quando o rocio cai: Pois desejaria que fôssemos aves brancas sobre a espuma que errante vai. Incontáveis ilhas me encantam, como Danaan¹ e suas margens sem fim, Onde o Tempo decerto nos esqueceria e a Dor em paz nos deixaria enfim; Em breve, longe da rosa e do lírio, libertos das chamas iríamos estar, Apenas se brancas aves fôssemos, amada, flutuando na espuma do mar! OS CISNES SELVAGENS DE COOLE As ár