A filha perdida, de Elena Ferrante
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Por Fernanda Fatureto A identidade de Elena Ferrante já não é mistério para ninguém, ao menos supostamente. Após o jornalista italiano Claudio Gatti afirmar no New York Review of Books que a autora – que publica por pseudônimo – é na verdade a tradutora Anita Raja, o universo Ferrante ganha cada vez mais adeptos pelo mundo. Em 2017 no Brasil foi lançado Um amor incômodo pela Intrínseca, mesma editora que publicou A filha perdida – terceiro romance da escritora originalmente lançado na Itália em 2006, mas que chegou por aqui em 2016. Por aqui também temos completa a tetralogia napolitana de Ferrante, editada pela Biblioteca Azul. Se o interesse cresce em torno da escritora italiana é devido ao modo como tece suas narrativas ao usar o realismo como base para transpô-lo num terreno pouco habitado pelas emoções, que levam as personagens a lugares desconfortáveis. Em A filha perdida ocorre o avanço e retrocesso da narrativa para contar a história de Leda, uma professora