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Mostrando postagens de julho 15, 2008

Fotograma feito de sertanices

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Quatro 1: espelhos do sertão  Já acena este agosto – o principia De suas tragédias ou de suas alegrias Muito do seu de narrativa Em curtos capítulos Componho-o em versos Que juntos o chamo de poema Com um feixe de poemas que Intimamente conversam comigo Toda vez que os leio ou releio Tento pintar em quadros espelhados O que há anos inspirado em matéria de memória Chamo de sertanices. Quadro 2: invenção do sertão Muitos dos episódios que se desdobram Se revelam, enovelam, empoetizam-se Na pureza e no lirismo da paisagem sertaneja Afinal são sertanices. Porque o sertão em seu enlevo encantatório Define-se em poesia por si mesmo – Com o seu destino, seus homens, Suas raízes, suas lembranças. Quadro 3: sertanices O sertão que me vêm à memória Perambula do mais amplo horizonte imaginável Perpassa por figuras algures E emerge pela rachadura das palavras Desfraldadas em closes enigmáticos Que juntas chamo de sertanices. Um arquétipo colossal

Acossado, de Jean-Luc Godard

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Com improvisação e referências que misturam o pop e o erudito, cineasta injetou oxigênio no modo de filmar Na metade da década de 1950, um grupo de atrevidos cinéfilos franceses, apaixonados por Hollywood e cheios de idéias na cabeça desenvolveu a chamada Teoria do Autor. Nas páginas da revista Cahiers du Cinèma , os então críticos Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer endeusavam diretores hollywoodianos e europeus, nas obras dos quais identificavam uma assinatura e formatos narrativos que traziam modernidade à linguagem do cinema. Um dos modelos era o neo-realismo de Roberto Rosselini, que filmava nas ruas, com fracos recursos de produção e sem seguir um roteiro à risca. Por meio desse exercício de admiração e de capacidade analítica, nasceu um dos movimentos mais cultuados e influentes da Europa, a Nouvelle Vague (Nova Onda), um exemplo de renovação na linguagem cinematográfica. Desse conjunto de grandes nomes, o de Godard tornou-se