Pescador
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Por Jeferson de Carvalho Eu lembro das cores. Ou melhor, da confusão de tons que o rio assumia naquele fim de tarde. Lembro-me de falar, ou pensar, não sei bem ao certo, as lembranças não ficam guardadas em departamentos à disposição do usuário, que tudo aquilo era parecido com um quadro que uma professora havia mostrado na escola. Meu pai perguntou se era a pintura de um rio, mas eu logo disse que não, que era uma pintura borrada, cheia de cores, assim como o rio naquela fatia de tempo. Pensando hoje, não sei se respondi corretamente à pergunta de meu pai, será que não era um rio que o artista pintara? Nunca mais vi aquele quadro. Gostaria de vê-lo novamente, mas teria que falar com minha antiga professora, e ela eu também nunca mais vi. Nem lembro do nome dela, lembro do cheiro, um perfume forte e gostoso. Lembro das coisas pelas coisas. Do primeiro dia que andei de bicicleta, lembro através do joelho ralado devido ao tombo; do primeiro dia de escola, lembro através das