Clarice Lispector, entrevistas
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Por Pedro Fernandes Clarice Lispector, 1972. Correio da Manhã / Arquivo Nacional. É possível que a popularidade não esteja entre os desejos mais visíveis de um escritor. Mas, quando alcançada, talvez tenha um significado tão ou mais importante que o reconhecimento. Se a popularidade pode significar em algum grau sobrevida, o paraíso para quem a alcança não é um todo perfeito como talvez se imagina. Há nele algumas porções de inferno. É nelas que proliferam os especialistas, os fãs — a pior claque para quem apenas necessita de bons leitores —, e os que se dedicam ao jogo das atribuições. Na Era do Viral, quando se juntam esses três tipos, qualquer escritor se perguntará se ser conhecido não é integralmente uma condena. A Era do Viral significou ainda, dizem uns, a manutenção dos informantes de ocasião, atravessadores da notícia. Esses são acusados de comprarem facilmente como verdade a novidade recebida, sem se importar com as fontes, com a maneira como a notícia é dada e mesmo adult