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Mostrando postagens de julho 23, 2020

A mamã por cima dos telhados e o meu amor, de Maria Azenha

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Por Pedro Fernandes A mamã por cima dos telhados e o meu amor é um livro, como próprio título enuncia, estruturado a partir de dois mitologemas poéticos ― a mãe e o amor .   Cada um deles se inscreve de maneira variada ao longo de poemas. E em cada poema, o que se manifesta é uma voz em descoberta do mundo enquanto danação e morte. Essas duas imagens (também podemos dizer assim) dão forma ao conteúdo poético do livro e cada uma delas se tem seu ponto de partida no espírito próprio da voz que anima o poema (e esta por sua vez possa ser uma extensão da poeta) não estão à serviço de sua individualidade mas se reintegram às forças universais, ponto de integração de toda verdadeira literatura. Isso é importante de observar porque se do grande caldeirão imemorial o poeta recolhe os materiais que dão fôlego à palavra é sempre a ele que volta, reintroduzindo novos materiais. A poesia participa ativamente do trabalho de formação dos novos mitologemas. O que chamamos por mito