O paradoxo da identidade na diversidade
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Por Joaquim Serra Marshall Berman define e modernidade – e o sentimento da modernidade – como a “experiência do tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida” (p. 24). O crítico conclui que para os indivíduos modernos, a alteração de todo o conjunto – que poderíamos chamar de ambiente – e o sentimento de coletividade é que faz com que se manifeste a modernidade. Para o crítico, a modernidade une a espécie humana porque liquefaz as fronteiras e as experiências são coletivas, porém com um paradoxo: as próprias experiências também são liquidadas – como disse o sociólogo Zygmunt Bauman – o que leva a uma não possibilidade muitas vezes material e duradoura da experiência. De certa maneira, o princípio básico da individualidade, aquilo que nos faz sujeitos únicos também é posto em xeque. E é nesse sentido que nos é apresentado o personagem Tertuliano no romance O homem duplicado (2002) de José Saramago. Assim como Marshall Berman, Saramago ta