F. Scott Fitzgerald, poeta
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Por Antonio Lucas O mundo era feliz e Francis Scott Fitzgerald quis contá-lo como se ele o houvesse feito levantar do contágio dos sorrisos e das circunstâncias de excesso que entravam pela varanda de seu quarto. Era um jovem ungido pelo talento. Sedutor. Atrativo. Calçado com uns sapatos bicolores. Gravata fina. Com o cotovelo apoiado na porta dianteira de um conversível com apliques cromados. Ninguém podia alterar, de vez, esse instante perpétuo de fumar cigarros com piteira e levar pelo braço uma noiva de chapéu ornado com laço de seda. Aquele jovem tocado pela graça dos seres ímpares estava disposto a imolar-se em qualquer festa de destaque, mas não cedia por completo à frivolidade porque manejava as palavras com a combustão precisa para destacar num enxame de ricos herdeiros entre os que se moviam com virtude aerodinâmica. Scott Fitzgerald estava na Universidade de Princeton, não tinha ainda vinte anos e no instante que se mostrava o respeitável com modos de pícaro