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Mostrando postagens de julho 21, 2010

Escrever não é bicho de sete cabeças, mas assusta

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Por Pedro Fernandes Escrever não é outra tentativa de destruição mas antes a tentativa de reconstruir tudo pelo lado de dentro, medindo e pesando todas as engrenagens, as rodas dentadas, aferindo os eixos milimetricamente, examinando o oscilar silencioso das molas e a vibração rítmica das moléculas no interior dos aços. José Saramago, Manual de pintura e caligrafia Todo texto é um desafio imposto para quem lê, mas mais ainda para quem se aventure na escrita dele. Até hoje, depois de ter lido O prazer do texto , de Roland Barthes, não sei especificar se realmente é prazer o que sinto no ato de escrever e se o prazer barthesiano realmente existe ou não. Talvez esteja aí sua natureza de prazer - a incapacidade de especificidade daquilo que é da ordem do sentimento.  O projeto de minha dissertação foi escrito ainda em meados do segundo semestre de 2008; foi gestado desde início desse ano. Depois de submetido a um exame de seleção na UFRN, que foi o pior trauma que