A história do amor de Fernando e Isaura, de Ariano Suassuna

Por Pedro Fernandes Ariano Suassuna. Foto: Arquivo O Globo . Nos anos 1950, a versão de Tristão e Isolda reconstituída pelo filólogo francês Joseph Bédier circulou entre o grupo frequentado por Ariano Suassuna, o mesmo que cultivou o terreno fértil a partir do qual brotará o Movimento Armorial. Ao que parece, Francisco Brennand se sentiu motivado a compor uma série de ilustrações para o amor impossível de provável origem celta, interesse logo transferido para o amigo que naquela altura confessara o desejo de escrever um grande romance no porte da Pedra do reino , o livro de uma vida que o escritor paraibano não viu se cumprir inteiramente conforme foi sonhado. Antes de se lançar ao esforço da grande obra, Brennand sugeriu que Suassuna se experimentasse com uma imitação de Tristão e Isolda , retrabalhando suas personagens e o motivo da narrativa, transpondo-os para o sertão nordestino. Em 1956, a proposta estava concretizada e seduzido com a conquista, o escritor pensou ...