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Mostrando postagens de junho 12, 2025

A importância de se chamar James

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Por Rebeca García Nieto Percival Everett. Foto: Dylan Coulter   Determinados livros deveriam vir juntos numa caixa: Jane Eyre , de Charlotte Brontë e Vasto mar de sargaços , de Jean Rhys; Robinson Crusoé , de Daniel Defoe e Foe , de J. M. Coetzee; e já agora, As aventuras de Huckleberry Finn , de Mark Twain e James , de Percival Everett.   Quando Charlotte Brontë, na narrativa de Jane Eyre , trancou Bertha Mason no sótão e optou por mostrá-la apenas através das descrições do marido, não só nos privou de uma grande personagem, como também nos fez vê-la como primitiva e perigosa, praticamente um animal. Um século depois, Rhys reviveu a “louca do sótão”. Foi quando soubemos que, antes de seu casamento arranjado com o Sr. Rochester e de partir com ele para a Inglaterra, o verdadeiro nome de Bertha era Antoinette Cosway e era uma jovem crioula nascida na Jamaica (então colônia britânica). A romancista dinamarquesa lhe deu uma personalidade e um passado, ampliando de modo compleme...