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Mostrando postagens de junho 25, 2025

Resistir, reconstruir e nomear, o ethos de No Other Land

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Por Alonso Díaz de La Vega O documentário é o gênero palestino por necessidade. Por razões óbvias, na Cisjordânia e em Gaza, é praticamente impossível estabelecer uma indústria cinematográfica que abranja musicais e melodramas intimistas. Conhecemos a ficção, é claro, da diretora feminista libanesa Heiny Srour ou da estrela contemporânea Elia Suleiman — um viajante sem rumo fixo, como sugere seu último filme, O paraíso deve ser aqui (2019) —, mas as condições pendem a balança para o outro lado. Além disso, há uma coincidência com as necessidades políticas dos cineastas: o amadorismo inerente a certos documentários sempre sugere um testemunho; o gênero aproveita o que lhe aparece e, diferentemente da ficção, não cria imagens, mas as captura. Há, é claro, casos e casos, mas na Palestina não há outra opção: o cinema é quase sempre feito para deter o avanço da ocupação israelense.   Em 2011, Cinco câmeras quebradas registrou a vida e a morte de cinco dispositivos que haviam captura...