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Mostrando postagens de julho 9, 2015

O grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson

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Por Ignacio Vidal-Foch Última sequência do filme, que, como outros deste diretor, se move num terreno narrativo especial, um terreno de alegria saltitante com um fundo melancólico, rótulos que nos chega pela informação de que é inspirada na obra de Stefan Zweig, autor que no Brasil e nos Estados Unidos foi trazido a uma nova vida editorial (aqui através do projeto de reedição de alguns livros pela Editora Zahar), uma nova apresentação aos leitores, e que Anderson descobriu com grande interesse há seis anos. Zweig, com “Z” de Zenda, Zembla, Zentropa, Zubrowka e demais lugares de fantasia – ruas medievais, igrejas barrocas e palácios rococó, lentas ferrovias, rios caudalosos, igrejas perfurando com sua aguda ponta de lança a pança do céu enublado, um imperador ancião e com costeletas, hierarquia, tédio, rotina, convenções, cerimônias e militares com quepes e uniforme de cores vivas – que sempre estão situados em algum lugar remoto, quase inacessível, do império danubiano e con