A mão



Era a mão
tão próxima de mim
à distância de um toque
na noite

E desejei à noite adentrar
por dentro mim
entre mãos
minhas e dele

E por que não toco?
a noite é espessa
e a distância de um toque
um abismo impossível

Deixa ela
onde posso
abismá-la


* Acesse o e-book Palavras de pedra e cal e leia outros poemas de Pedro Fernandes.

Comentários

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

Seis poemas-canções de Zeca Afonso

Boletim Letras 360º #636

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

Dez poemas e fragmentos de Safo

11 Livros que são quase pornografia

O abismo de São Sebastião, de Mark Haber