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Mostrando postagens de julho 22, 2025

Um novato chamado Balzac

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Por Carlos Yusti O escritor que imitaria sem hesitar, e que de alguma forma constituiria, em meu museu pessoal de mitos, um ideal, uma fonte inesgotável de inspiração, poderia ser Honoré de Balzac. Embora não o Balzac perseverante, obstinado, incansável e disciplinado que escreveu (sob a pressão de dívidas, credores e editores) uma obra literária profusa, e que, em muitas de suas páginas, conseguiu alcançar, com gênio indiscutível, enorme versatilidade literária e uma grandiloquência mais realista do que metafórica. Não. Minha inclinação é para outro Balzac, aquele que, devido a um ansioso apetite, adquiriu uma adiposa constituição, aquele Balzac preocupado em ser um dândi, e que, por causa disso, gastou fortunas em ternos chamativos ou luxos extravagantes e desnecessários; aquele Balzac que ansiava acima de tudo por sucesso financeiro, por ser um burguês menos imbecil e insuportável do que o burguês retratado em seus romances ou na vida real, com quem sempre conviveu à distância devid...