Nada mais do que isto — os aprovisionamentos literários de Hélvio Tamoio

Por Lucas Paolillo Enfim, como outros tantos rincões, em Tamoio, os trabalhadores, os moradores, as criaturas em estátuas e memórias foram cobertas pelo tapete verde na imensidão de canaviais que absorvem o interior paulista. Tudo de uma maneira rápida e nada silenciosa. A usina Tamoio foi engolida pela ventania atroz de um tipo de desenvolvimento da produção da vida que não leva em conta a criatura humana. Quem sabe, como o engenho Fortaleza e outros sítios adquiridos por Morganti para a formação da agroindústria. No entanto, nessa terra de passagem nos dispomos a admitir a promessa de outros renascimentos. A busca de outras terras onde pudéssemos expor todas as nossas potências. Não perdendo, nem nos momentos de maiores arrasamentos, a miragem do porvir. — Hélvio Tamoio, “Algumas considerações afinam” (2008) Foto: Silvana Simão Nos dias que correm, Hélvio Tamoio continua a buscar a produção crítica consciente. Continua também, junto a outros fazimentos e aç...