Linguagem do eterno – aproximações ao ritmo do Livro do Desassossego

Por Lucas Miyazaki Brancucci


Estar na tensão entre os corpos, “intervalar”, habitar interstícios, “espaço entre mim e mim”, “sentir tudo de todas as maneiras” desdobrando-se a múltiplas conexões com o mundo, constituem movimentos primordiais no Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa (utilizamos neste texto a edição organizada por Richard Zenith. São Paulo: Companhia das Letras, 2011). Sob a condição de um “sonhar sempre”, fluxo de escrita, esses movimentos giram em torno da própria língua, seu fim, articulados pelo ritmo da voz de Bernardo Soares – heterônimo (ou semi-heterônimo, ou semi-ortônimo) de Fernando Pessoa – evocada para compor essa escrita “interminável”.

No Livro do Desassossego, escrever é um ato (e pacto) para habitar o mundo e constantemente modificá-lo, levar ao extremo a “sede de ser completo”, o corpo em circuito com o externo; é criar o espaço possível para esse “lugar ativo de sensações, a minha alma” (do fragmento [fr.] 219) – a “minha voz”, poderíamos dizer. Lugar da voz, atravessada pelo movimento da escrita que o Pessoa-Soares reconhece como “passiva associação de ideias” (ibid), recolhidas desde a “alta literatura”, Homero, Shakespeare, Vieira, até os ruídos, cacos e lixos das ruelas de Lisboa. Lugar de estar em condição de “transmutação” e “de incongruência com os outros” (fr.71), deixar-se fascinar pela voz alheia pois “Leio e sou liberto […] Deixei de ser eu e disperso”, e não pelos “trechos que tantas vezes parecem ser a voz do que eu penso”. Podemos, inclusive, pensar essa voz inserida numa lógica “eu-devir-outro”, aproximando-se do perspectivismo ameríndio: “Tudo em mim é a tendência de para ser a seguir outra coisa […] Tudo me interessa e nada me pertence” (fr.10), “Comigo estão os outros” (fr.59), “vou falar e falo eu-outro” (fr.215). E que não raro é tomada por um susto e estranheza ao escutar-se: “muitas vezes o que descubro em mim me desola, me envergonha […] e me assusta” (“Via láctea”). Ou alumbramento:

“Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas […] Aqui, eu, neste quarto andar, a interpelar a vida! a dizer que as almas sentem!” (fr.6)

Silvina Rodrigues Lopes, em ensaio sobre o Livro, aponta para um “mundo como jogo de forças em permanente devir de formas” (1988, p. 61-67), latente na escrita que flui de Soares. A experiência contínua de escrever-se é afirmada quase a todo instante, como que reforçando uma metalinguagem-expressa na literatura; é uma das forças que mantém viva e peculiar a “obra”, o “livro”, a voz desse escritor, e a ligação com o possível leitor – pois este (nós) também pactua com o “escrever” e insere-se, à medida que frequenta os fragmentos, nesse devir do corpo, “local de sensações” atravessado pela voz – que às vezes não passa de “uma figura de romance por escrever, passando aérea, e desfeita sem ter sentido, entre os sonhos de quem me não soube completar”, “sonho entre sonhos”. O sonho, o qual podemos pensar como imagem ao “devir de formas”, é muitas vezes um pesadelo, o “desassossego” do título: “Quero que a leitura deste livro vos deixe a impressão de terdes atravessado um pesadelo voluptuoso” (fr.215), mas que, nesse sentido, nada têm de mórbido, pessimista ou niilista.

Ao contrário, a inquietude pode vir justamente do ímpeto de “viver a vida em extremo” (fr.124), e estar nas relações conflitantes entre, por exemplo: uma persistente atenção ao estar vivo, que é constatação de um fluxo de linguagem eterno em simbiose com o(s) mundo(s), e uma modernidade que chegou ao extremo da individuação e coisificação, da imposição de um logos na voz, lembrando de Adriana Cavarero (2011), que cala e força os sujeitos a criarem identidades, barreiras entre si ao se cruzarem nas metrópoles. A escrita de Soares seria algo que escapa dessa lógica, como a esgrima que abre fendas, de Baudelaire – “Exercerei a sós a minha estranha esgrima… / Tropeçando em palavras como nas calçadas, / Topando imagens desde há muito já sonhadas...” (2012, p.307).

No fragmento 262 Bernardo Soares diz, “Penso sempre, sinto sempre”, (sem haver nisso uma celebração); “Minha alma é um maelstrom negro, vasta vertigem à roda de vácuo, movimento de um oceano infinito em torno de um buraco em nada […] e eu, verdadeiramente eu, sou o centro que não há nisto senão uma geometria do abismo”.

Vamos nos focar mais, então, à dinâmica dessa “geometria do abismo”, sonho em devir, para nos aproximar à “organização subjetiva do discurso”, “manifestação de uma corporeidade” na linguagem (2006, p.17 e 18), portanto ao ritmo do Livro. Como essa escritura se nos emerge na experiência de leitura.

O “livro” é um conjunto de fragmentos, ou melhor, proliferação de fragmentos, ainda contemporâneos a nós, com seus recentes achados. No estudo “O Livro do Desassossego: Uma prateleira de frascos vazios” Caio Gagliardi afirma: “Não é simples definir um tema para o Livro, porque não se trata de um 'livro' na acepção corrente do termo […] Por isso, o que hoje entendemos como Livro do Desassossego é, em parte, obra de seus organizadores”. Seu corpus literário, ou possível gênero, está, pois, deslocado do habitat tradicional da literatura, no qual tenderia a conceber uma obra “acabada” como um instrumento-objeto, e a linguagem, como forma de representar, que levaria o leitor a determinada “expressão” dum sentimento.

Observando as características desse estilo de escrita, de rítmica prosaica e contínua, podemos ensaiar que Fernando Pessoa tenha visto nessa poética uma libertação para trazer a voz de um mundo latente em si, o Bernardo Soares, dissociado das concepções correntes de literatura, mas cujos versos da “poesia” tradicional já não davam conta de evocar. E aqui não estamos a sós: Leyla Perrone-Moisés, em “A prosa do Desassossego”, atenta ao fato de que a “experiência de Bernardo Soares […] revela uma inquietação, um descontentamento com as formas tradicionais de poesia, exatamente aquela que, sob vários nomes, Pessoa praticava concomitantemente” (2001, p.229) Pessoa-Soares vai encontrar nessa prosa fragmentária “a busca de novos ritmos” (ibid, p.230). Ritmos mais libertos.

No fragmento 227, Soares escreve sobre sua escrita, “metalinguagem desnuda”, e enfatiza a prosa como condição à “palavra livre”, potência rítmica para transformação: “Na prosa se engloba toda a arte – em parte porque na palavra se contém todo o mundo, em parte porque na palavra livre se contém toda a possibilidade de o dizer e pensar. Na prosa damos tudo por transposição”. A cor e a forma da pintura, o ritmo da música, a estrutura da arquitetura, na prosa “nós erguemos em ritmos, em indecisões, em decursos e fluidezas”.

Vê nos versos, em contra partida, uma certa natureza limitada, uma “servidão” a que o poeta ficaria submetido; há uma “crítica à poesia tradicional”(ibid, p.228), e tal tradicionalismo não escapara de grande parte da concepção estética do próprio autor e seus heterônimos, cujas obras são colocadas pela crítica ao lado de nomes como Sá de Miranda e Camões (ibid, p.229). O que não quer dizer, fique claro, que a múltipla poesia de Pessoa só permita uma leitura tradicional.

Mas justamente devido a essa negação à “poesia”, análoga à “crise de verso” detectada por Mallarmé (ibid), Pessoa, no L. do D., almeja aproximar-se ao que seria mais propriamente um “poema”. E aqui o penso nas reflexões de Henri Meschonnic, quando reivindica “um lugar para poemas” que emerjam sob uma necessidade “de fazer sair uma palavra sufocada pelo poder dos conformismos literários”; e contra a “asfixia” de uma concepção que se tem de “poesia”. A noção de poema que “transforma os modos de ver, de ouvir, de sentir, de compreender, de dizer...”; não como um “produto”, mas uma “atividade”, a construir o sujeito sob uma posição passiva-ativa, pois lança-o ao “momento de uma escuta”, cf. Henri Meschonnic (2015).

E estar “à escuta” desses fragmentos é lançar-se ao mundo radicalmente pela língua: os textos giram em torno dos mais variados temas, com estilos mais próximos ora do ensaio filosófico, ora da “lírica”, ou do diário, narrativa ou crônica, mas todos sob o eixo do poema: discurso em sua potência. E sobre esse fato, o escritor assume posição clara:

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrear. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim de nenhuma espécie […], transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chauteaubriand, fazem formigar toda minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo… (fr.259)

Na escrita do Livro o “meio se transforma em fim”, as “palavras e as frases, em sua materialidade de som e ritmo, comandam o sentido do discurso” (PERRONE-MOISÉS, 2001, p.268). Por isso, enquanto Soares está a filosofar, a sentir paisagens, a recolher restos e ruídos da rua, nós estamos à escuta de eroticidades da língua – fazem formigar toda minha vida em todas as veias.

Há diversos fragmentos sublimes sob esse aspecto, de invenções com a língua portuguesa e oralidades de escrita do mais alto grau, que por isso já foram comparados à escrita de Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Tomemos para análise, dentre muitos possíveis, o fragmento 458 (leia aqui).

Escrevendo um amanhecer de Lisboa, liga as palavras pela sonoridade e assimilações metafóricas, compondo uma paisagem delirante e onírica da “Baixa”; “No nevoeiro leve da manhã de meia primavera, a Baixa desperta entorpecida e o sol nasce como que lento”. E enquanto, “sensivelmente, as ruas desdesertam-se”, súbito rotaciona as imagens à “realidade cotidiana”, que lançam-lhe à lunática (e abismal) atenção ao existir entre corpos, à “impossibilidade de descansar a alma e o intelecto”(cf. Caio Gagliardi, ibid). “Sem querer, sinto que tenho estado a pensar na minha vida”, “Reparo subitamente que o ruído é muito maior, que muito mais gente existe”. Perpassando, em seguida, por meditações e indagações de cunho filosófico, das mais lúcidas e expressivas, a la Pessoa, ligando-se à linguagem de poema: “Acordo de mim pela banalidade de haver horas, clausura que a vida social impõe à continuidade do tempo, fronteira no abstrato, limite no desconhecido”; “e a minha visão já não é minha, já não é nada: é só a do animal humano que herdou sem querer a cultura grega, a ordem romana, a moral cristã e todas as mais ilusões que formam a civilização em que sinto.”

Podemos inclusive ouvir ecos de uma escrita nietzscheana, e talvez Deleuze teria dito algo similar à escrita de Soares, se o tivesse lido, quando afirma que a leitura de Nietzsche nos “dá um gosto perverso […]: de falar por afetos, intensidades, experiências, experimentações […] Falamos do fundo daquilo que não sabemos, do fundo do nosso próprio subdesenvolvimento. Tornamo-nos um conjunto de singularidades soltas, de nomes, sobrenomes, unhas, animais, pequenos acontecimentos: o contrário de uma vedete.” (DELEUZE, 1992, p.15).

O fragmento fecha com reflexões lançadas às profundezas da alma humana, quando esta é desconhecida e exilada, sem nome “Onde estarão os vivos?”, e damos de cara com o vazio súbito, silêncio do espaçamento em branco. O espaço intermédio entre os fragmentos, simples separação, mas que opera “ativamente”, pois é desse vazio fundamental que se cria um ritmo de “fluxo-corte”, e se potencializa a corporeidade da voz existente. Vazio que passa a ser essencial à performance da leitura.

Podemos nos indagar sobre aspectos desse tal “gênero”: o que nos faz considerar um texto como sendo um fragmento? Do que deve falar? São textos breves; mas devem ser menores que uma crônica, ou um conto? Ou ter uma linguagem diferente? João Barrento, em O Género Intranquilo, lembra de Blanchot: “[os fragmentos] são destinados em parte aos brancos que os separam”, e nos dá uma resposta possível: “Vive e morre na relação com os outros. Cada coletânea de fragmentos é um contínuum sempre em aberto” (BARRENTO, 2010, p.65). Assim, o branco, ou o vazio – aqui em consonância com o “não sou nada” tantas vezes anunciado por Soares”, a alma, “um abismo obscuro e viscoso, um poço que se não usa na superfície do mundo” (fr.255) –, é potente no contraste com o devir; nesse caso, com um rio da escrita. Reside nessa tensão a aliança com certo “empenho do corpo”: o leitor deve participar, a seu modo, desses enigmáticos vazios-devires, que escapam sempre de um representar algo dado ou dito, lançam-nos para lugares “inapreensíveis” do corpo (ZUMTHOR, 2007, p.79). João Barrento: “O fragmento assenta sobre um não-dito, o seu centro é sempre descentrado, a sua verdade, a existir, será a do nome, não a do logos”. Nisso, a “obra” é um pouco de Richard Zenith, que organizou-a sob uma lógica de abertura, em que os fragmentos se ramificam e se potencializam em rede. Diferentemente de edições anteriores, não há separações cronológica, estilística, ou temática, apesar de haver semelhanças entre os fragmentos vizinhos, mas que logo vão se metamorfoseando. A experiência de ler um livro “eterno” se realiza, pois, com mais força.

Lembremos, no entanto, que não basta somente a disposição fragmentária contínua, pois esta está em harmonia horizontal com o “dizer bem”, com a pergunta “Onde estarão os vivos”, e as outras tantas imagens e paisagens das nostalgias de uma origem, que atravessam o L. do D. – a própria biografia criada para Bernardo Soares, voz única, que não tem pais, família ou qualquer filiação genealógica.

Poderíamos nos desdobrar sobre inúmeras passagens de “fetichismos” da escrita, “permanente exercício da linguagem para serpentear, no seu curso, discurso do silêncio” (CHALHUB, 1993, p.18). Alguns exemplos de experimentação da língua: “De suave e aérea a hora era uma ara onde orar” (fr.395); “E súbito, como um grito, um formidável dia estilhaçou-se. Uma luz de inferno frio visitara o conteúdo de tudo, e enchera os cérebros e os recantos” (fr.450); “Oiço, coados pela minha desatenção, os ruídos que sobem, fluidos e dispersos, como ondas influentes…” (fr.398).

E constantemente experienciamos breve roçar de uma origem anterior à língua, nos vazios: “Meu esforço humilde, de sequer dizer quem sou, de registrar, como uma máquina de nervos, as impressões mínimas da minha vida subjacente e aguda, tudo isso se me esvaziou como um balde em que se esbarrassem, e se molhou pela terra como a água de tudo”(fr.442); “Por fácil que seja, todo o gesto representa a violação de um segredo espiritual” (fr.322); “A leve embriaguez da febre ligeira, quando um desconforto mole e penetrante frio pelos ossos doridos fora e quente nos olhos sob têmporas que batem… Pensar, sentir, querer tornar-me uma só confusa coisa… como o conteúdo, misturado no chão, de várias gavetas viradas” (fr.376).

Mas foi apenas uma aproximação à dinâmica desse escrever-se o que tentei aqui, observando um pouco, por mais que intuitivamente, o ritmo dos fragmentos.

Lemos e temos a experiência de uma escuta peculiar. Somos deslocados a uma leitura performática, em diálogo com a vida pelo sentir de todas as formas, que não pede necessariamente uma unidade linear; mas uma lembrança ao “estar no mundo”, atravessado por uma voz em devir, que

“se a oiço no meu ser, rolam grandes ondas com sons que não param no mar sem fim; constelam-se em céus, e não é de estrelas, mas da música de todas as ondas que os sons se constelam, e a ideia de um infinito decorrente abre-se-me, como uma bandeira desfraldada, em estrelas com sons do mar, e a um mar que reflete todas as estrelas” (fr. 123).

Na voz de Soares, é como se Pessoa celebrasse, ao lado de Valéry, o infinito da obra sendo o infinito do próprio espírito, o lugar fechado de um trabalho sem fim (BLANCHOT, 2011, p.12).

Como um comprimido diário, ou como um encontro ao acaso, simplesmente tomamos o Livro e nossas mãos secretamente abrem-no em uma página, nos intervalos banais entre o acordar e o café da manhã, o ponto de ônibus, o breve ócio numa cadeira. Não sem um angustiante e belo abandono, no “vidro tênue entre mim e a vida” (fr.80), “tempo sentado em seda” (imagem de um poema de Herberto Helder), habitamos o nó da experiência de sermos devir eterno e silêncio profundo.

Referências
LOPES, Rodrigues, Silivina. “Des-figurações (sobre o Livro do Desassossego)” In: Revista Colóquio/Letras. Ensaio, n. 102, mar. 1988, p. 61-67. 
CAVARERO, Adriana. “A desvocalização do logos”. In. Vozes plurais: filosofia da expressão vocal. Belo Horizonte; UFMG, 2011
BAUDELAIRE, Charles. “O sol”. In. As Flores do Mal. Trad. Ivan Junqueira. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2012, p.307.
MESCHONNI, Henri. “Variações do conceito de ritmo”. In. Linguagem: ritmo e vida. Trad. Cristiano Florentino. Belo Horizonte; FALE/UFMG, 2006.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Fernando Pessoa: Aquém do eu, além do outro. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
BARRENTO, João. O género intranquilo: anatomia do ensaio e do fragmento. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
CHALHUB, Samira. Poética do erótico. São Paulo: Escuta, 1993.
BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Trad. àlvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

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Lucas Miyazaki Brancucci nasceu em 1994. Dedica-se à literatura e à escrita. Em 2015 publica o livro Elefantes (vencedor do Programa Nascente, na área texto). Mantém o blog Incidentes.



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